CID

CID: O que é, o que significa e qual a sua importância?

23/10/2023

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O CID – Código Internacional de Doenças – é um guia que contribui com a integração de múltiplas especialidades médicas, promovendo rápida identificação das questões de saúde de um paciente e suas especificidades

Um paciente, ao longo de sua vida, pode manifestar diversas condições de saúde que, relacionadas ou não, acabam por formar seu histórico clínico e permitir que diversos profissionais possam atuar na promoção de sua saúde e qualidade de vida.

Com um código agregador, podemos fazer com que esse paciente receba tratamento adequado ao longo da sua vida, possibilitando que qualquer profissional que o atenda possa identificar de forma rápida suas afecções.

E, com essa identificação, o CID, o paciente pode ser atendido por diversos outros especialistas que possam contribuir com a restauração da sua saúde, por via da identificação do seu diagnóstico.

Veja mais, hoje, sobre o que é o CID, sua importância e o porquê é fundamental que cada paciente tenha acesso aos seus laudos, em que essa identificação é traçada pelo especialista. 

O que é o CID?

Código Internacional de Doenças é o nome dado ao compêndio que deve ser conhecido por todos os médicos e que permite a uniformização de diagnósticos.

Por meio do Código Internacional de Doenças, um paciente diagnosticado pode ter seu tratamento conduzido de forma simultânea por diversos especialistas, sem que, no entanto, tenha de recomeçar seus tratamentos de saúde.

O CID foi criado para que seja mais simples e prática a identificação de problemas de saúde, bem como para que o tratamento de um paciente possa ser conduzido ao longo de sua vida por múltiplos profissionais.

Esse código, embora bastante simples, contribui com atendimentos médicos sobremaneira, de forma que erros também possam ser evitados, permitindo uma condução de saúde mais benéfica a quem a busca.

O que significa CID?

O CID – Código Internacional de Doenças ou, ainda, Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde – é uma publicação feita pela OMS que é revisada constantemente por grupos de profissionais ligados à instituição. 

Podemos destacar que essa revisão é feita de forma periódica para que novas condições de saúde e diagnósticos possam ser ao documento acrescentados, permitindo que haja uniformização e mais qualidade em atendimentos clínicos.

Isso se dá porque o corpo e suas manifestações, mais do que nunca, pode ser atendido por diversos profissionais de forma simultânea, cada um agregando seus conhecimentos para a promoção da saúde humana. 

Assim, focado em inovações e otimizações, o relatório busca abranger o maior número possível de situações de saúde, permitindo ao médico um rápido, eficaz e valorizado atendimento e, sobretudo, mais acertos em relação à saúde de quem busca sua ajuda.

O CID também pode ser visto como CID-10 e tem essa numeração acrescentada por se tratar de sua décima versão, cuja publicação foi feita em 1992. 

Por que o CID é importante?

O CID, por se tratar de um identificador universal de doenças e demais afecções que podem comprometer a vida humana é fundamental para que o tratamento de um paciente possa se dar com qualidade e, sobretudo, com segurança. 

Feito para que, em qualquer lugar do mundo, uma complicação de saúde possa ser identificada, o CID é um código essencial que regulamenta a emissão de documentos que possam viabilizar um tratamento de saúde, tal como o prontuário, por exemplo.

Por meio do registro da Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, um médico realiza a identificação daquele paciente, do seu estado clínico e, por fim, faz o seu diagnóstico.

Através desse diagnóstico, seu tratamento de saúde será conduzido por diversos profissionais, sejam eles médicos ou não – como fisioterapeutas, farmacêuticos, nutricionistas, psicólogos, enfermeiros ou qualquer outro da área da saúde. 

Vale ressaltar que esse identificador é único e utilizado por todos os profissionais do mundo que se baseiam na documentação da OMS para prestar seus atendimentos clínicos. 

Objetivos do CID

O objetivo do Código Internacional de Doenças é, conforme seu próprio nome nos traz, identificar de forma rápida e simples as afecções de saúde diagnosticadas por um médico, por meio de um código universal.

Ainda que seja um código médico, diversos outros profissionais se pautam no CID para prestar seus atendimentos, o que torna o preenchimento correto desse código ainda mais essencial para a manutenção da saúde e do bem-estar de um indivíduo.

Além disso, o Código Internacional de Doenças prevê que qualquer médico do mundo, desde que alinhado com as prerrogativas lançadas pela OMS para o tratamento da saúde humana, possa identificar as doenças que acometem um ser humano.

Assim, é fundamental que a documentação médica sempre esteja com seu CID correto e devidamente preenchido, visto que essa orientação irá salvaguardar a saúde de uma pessoa que precisar buscar ajuda no momento de enfrentamento dos seus problemas de saúde. 

Utilização do CID em atestados médicos

O Código Internacional de Doenças é utilizado em atestados médicos para que o empregador, escola, universidade ou qualquer outro ambiente ou instituição que o exija possa tomar conhecimento sobre qual a causa de um afastamento, sobretudo.

No entanto, há, como princípio da Medicina, a questão de confidencialidade na relação médico-paciente, sendo o CID, portanto, um instrumento também de diagnóstico.

Diante disso, em questões em que o paciente deseje preservar a relação de sigilo que deve imperar em seu tratamento clínico, pode manifestar que deseja ter o Código Internacional de Doenças do seu atestado médico preservado.

No entanto, há a obrigatoriedade do preenchimento do CID de um atestado clínico, ainda que seja ele fictício, apenas para que haja a conformidade com as exigências trabalhistas para a validação de um atestado de saúde.

Vale lembrar que nessas relações entre médico e paciente sempre deve prevalecer tanto a boa vontade quanto a cooperação, sem que haja, no entanto, qualquer ação que possa desabonar qualquer uma de suas partes.

Portanto, sempre vale antes o bom senso. 

CID em guias médicas

O Código Internacional de Doenças, quando inserido em guias médicas, permite uma melhor condução do tratamento clínico de um paciente, bem como todos os preparativos necessários para recebê-lo.

Nas guias de exames clínicos – sejam laboratoriais, de imagem ou qualquer outro tipo – o preenchimento do CID é obrigatório e viabiliza que se possa apurar com mais rigor aquilo que o médico deseja, por meio do exame, conhecer.

Assim, é fundamental que o Código Internacional de Doenças seja devidamente preenchido no momento em que a ficha de solicitação é criada pelo médico, como uma forma de assegurar que o paciente receba seu tratamento de acordo com o que fora solicitado.

Isso, por fim, agrega mais qualidade em qualquer atendimento que se possa realizar e, ainda, gera um histórico importante sobre a saúde de um paciente.  

CID 10: Por que ele é o mais conhecido?

O CID 10 é o mais conhecido por ser essa a última edição lançada pela OMS, em 1992. 

Ele é composto por um código agregador e, posteriormente, por uma sequência com três dígitos, que são responsáveis pela identificação da situação de saúde de um paciente. 

Assim, podemos compreender o CID 10 como o documento que norteia as funções de diagnóstico de um paciente, daquelas mais simples às mais complexas, conforme as que estão no documento previstas.

Quais doenças se encaixam no CID 10?

Veja, a seguir, algumas doenças que são previstas no CID 10:

  • Doenças infecciosas e parasitárias
    • Cólera
    • Diarréia e gastroenterite de origem infecciosa presumível
    • Tuberculose e suas variações
    • Difteria
    • Sarampo
    • Coqueluche
    • Sífilis
    • Raiva
    • Tétano
    • Meningite
    • Micoses
    • Malária
    • Varicela
    • Rubéola
    • Hepatite
  • Neoplasias – tumores – conforme a localização
    • Mama
    • Cólon
    • Próstata
    • Cavidade oral
    • Esôfago
    • Estômago
    • Fígado
    • Pâncreas
    • Laringe
    • Pulmões
    • Osso e cartilagem
    • Pele
    • Colo do útero
    • Bexiga
    • Encéfalo
  • Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários
    • Anemia;
    • Hemorragias
    • Transtornos envolvendo o mecanismo imunitário
  • Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas
    • Transtornos da tireóide por falta de iodo
    • Deficiências vitamínicas
    • Diabetes
    • Desnutrição
    • Obesidade
  • Transtornos mentais e do comportamento
    • Demência
    • Transtornos relacionados ao uso de álcool
    • Transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas
    • Esquizofrenia
    • Transtorno de humor
    • Transtorno neurótico
    • Retardo mental
  • Doenças do sistema nervoso
    • Doenças inflamatórias
    • Meningite bacteriana
    • Doença de Parkinson
    • Doença de Alzheimer
    • Esclerose múltipla
    • Epilepsia
    • Enxaqueca
    • AVC
    • Paralisia cerebral
  • Doenças do olho e anexos
    • Inflamação da pálpebra
    • Conjuntivite
    • Ceratite
    • Catarata
    • Glaucoma
    • Estrabismo
    • Cegueira
  • Doenças do ouvido
    • Otite média
    • Perda da audição
  • Doenças do aparelho circulatório
    • Febre reumática aguda
    • Doença reumática crônica do coração
    • Hipertensão
    • Infarto
    • Embolia pulmonar
    • Insuficiência cardíaca
    • Hemorragia intracraniana
    • Embolia e trombose arterial
  • Doenças do aparelho respiratório
    • Faringite aguda
    • Laringite
    • Gripe
    • Pneumonia
    • Bronquite
    • Sinusite
    • Asma
  • Doenças do aparelho digestivo
    • Cárie dentária
    • Doença de Crohn 
    • Doença diverticular do intestino
    • Úlcera
    • Gastrite
    • Doença alcoólica do fígado
  • Doenças da pele
    • Infecções
  • Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo
    • Artrite reumatóide
    • Artrose
    • Transtornos de tecido mole
    • Doenças sistêmicas de tecido conjuntivo
    • Osteomielite
  • Doenças do aparelho geniturinário
    • Insuficiência renal
    • Cistite
    • Urolitíase
    • Transtornos da próstata
    • Transtornos da mama
    • Doença inflamatória do colo do útero
    • Endometriose
    • Infertilidade
  • Gravidez, parto e puerpério
    • Aborto espontâneo
    • Placenta prévia
    • Trabalho de parto obstruído
    • Hemorragia pós-parto
  • Malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas
    • Espinha bífida
    • Fenda labial e fenda palatina
    • Testículo não-descido
  • Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte
    • Dor abdominal e pélvica
    • Febre de origem desconhecida
    • Senilidade
  • Lesões, envenenamentos e algumas outras conseqüências de causas externas
    • Fraturas
    • Luxações, entorses
    • Traumatismo do olho
    • Traumatismos
    • Lesões por esmagamentos, amputações traumáticas
    • Efeito de corpo estranho
    • Queimadura
    • Envenenamento
    • Efeitos tóxicos de substâncias
    • Síndrome de maus tratos
  • Causas externas de morbidade e de mortalidade
    • Acidente de transporte
    • Queda
    • Afogamento
    • Exposição a chamas
    • Envenenamento por exposição
    • Lesões autoprovocadas
    • Agressões
  • Fatores que exercem influência sobre o estado de saúde e o contato com serviços de saúde
    • Anticoncepção
    • Pré-natal
    • Nascidos vivos 
    • Pós-natal
  • Códigos para propósitos especiais
  • CID 10ª Revisão não disponível

O CID de um paciente é confidencial?

O Código Internacional de Doenças é um mecanismo de identificação das doenças que podem acometer um ser humano e, segundo os preceitos da Medicina, há sempre o resguardo e confidencialidade de todas as informações trocadas em um ambiente médico-hospitalar.

Sendo assim, há que sempre se prezar pelo bom senso e pelos princípios que orientam a relação entre um médico e seu paciente, incluindo a necessidade de se manterem resguardadas todas as informações de saúde de quem busca assistência médica.

A divulgação de um CID só deve ser realizada quando o próprio paciente assim autorizar, sendo recomendado ao médico que sempre tenha consigo, em situações em que se utilize o Código Internacional de Doenças de um paciente, um termo de esclarecimento livre e consentido.

Dessa forma, ambos ficam resguardados em relação a qualquer iniciativa legal sobre a divulgação de dados médicos, que se torna consentida conforme assim se solicita ou o médico ou paciente.

Em qualquer outra situação, vale sempre recomendar que não sejam divulgados dados de um paciente, sobretudo quando isso pode causar a ele qualquer tipo de malefício ou impedimento. 

Conclusão

O Código Internacional de Doenças é um mecanismo que permite ao médico que rapidamente se identifique e se comunique, sempre que necessário for, a condição de saúde de um paciente, seja isso feito para outro profissional de saúde ou para seu próprio registro.

Por meio desse código, que é internacional, a doença, enfermidade, condição ou fato pode ser registrado, viabilizando a redução de erros médicos, bem como maior qualidade de atendimentos feitos por qualquer profissional que possa estar envolvido em um atendimento clínico.

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