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Tipos de coleta de sangue: materiais, passo a passo e técnicas

20/10/2023

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Você sabia que existem vários tipos de coleta de sangue e que cada uma atende a uma necessidade específica para a análise clínica? Entenda tudo sobre o assunto!

Os exames de sangue são essenciais para que possamos acompanhar a nossa saúde, bem como para que médicos possam avaliá-la corretamente,

Através dos exames de sangue é possível identificar desde os problemas de saúde mais comuns até os mais complexos.

É por conta disso que essa é uma das solicitações mais comuns entre aquelas feitas por médicos do mundo todo.

No entanto, algumas particularidades de cada um dos tipos de coleta de sangue devem ser respeitadas na hora de fazer uma determinada análise clínica.

Para que a amostra de sangue coletada seja viável, algumas regras devem ser respeitadas. Conheça cada uma delas agora!

Qual o objetivo da coleta de sangue?

Os diversos tipos de coleta de sangue objetivam identificar doenças, bem como avaliar o estado de saúde geral de um paciente.

Além disso, com os resultados dos exames de sangue é possível traçar estratégias para um melhor tratamento de um paciente.

Além disso, também é possível identificar outras complicações de saúde antes mesmo que elas se manifestem. Assim, os exames de sangue acabam por ser grandes aliados da medicina diagnóstica, sobretudo por conta do grande nível de segurança que oferecem.

Através de metodologias que são padronizadas em todos os laboratórios, é possível avaliar com precisão os resultados de uma análise clínica.

Esse nível de segurança é o que faz com que esse tipo de exame seja essencial para que possamos cuidar de nossa saúde.

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Quais as vantagens de realizar um exame de sangue?

Através de diversos tipos de coleta de sangue é possível identificar rapidamente vários tipos de problemas que podem acometer nossa saúde.

Quando realizamos exames de sangue de forma regular, conseguimos ter um panorama mais completo de nossa saúde.

Através da medicina preventiva, conseguimos poupar custos e ainda estabelecer uma saúde mais plena.

Os exames de sangue também são muito importantes para que possamos não só tratar doenças já estabelecidas como, ainda, observar taxas e indicadores sanguíneos a fim de prevenir outras doenças.

Com a análise sanguínea podemos identificar condições de saúde como pré-diabetes, colesterol elevado e até mesmo complicações relacionadas à tireoide.

Assim, conseguimos intervir rapidamente, modificando nosso estilo de vida para evitar que doenças metabólicas, disfunções hormonais e outras condições se estabeleçam e se desenvolvam.

Quais são os tipos de coleta de sangue?

Cada um dos tipos de coleta de sangue exige um tipo de cuidado especial.

Conheça, agora, os tipos de coleta de sangue mais comuns que você vai encontrar em hospitais, clínicas e laboratórios!

Seringa e agulha

Esse é um dos tipos de coleta de sangue mais comuns e envolve, necessariamente, uma seringa e uma agulha.

Quando opta por esse tipo de coleta, basta que o técnico responsável coloque o garrote e peça para o paciente fechar a mão.

Uma vez que encontre a veia – ou artéria -, de forma delicada, mas firme, se coloca a agulha, perfurando a veia e puncionando o sangue, que ficará na seringa.

Da seringa, o sangue pode ser colocado em um tubo de coleta, para então ser encaminhado para o laboratório de análises clínicas.

Após ser feita a punção do sangue, o técnico retira a agulha e coloca um curativo na perfuração da pele.

Coleta de sangue a vácuo

Aqui um adaptador toma o lugar da agulha e seringa.

Seguindo os mesmos passos da punção com seringa e agulha, se coloca o garrote e se encontra a veia ou artéria do paciente.

Feito isso, o técnico punciona a veia do paciente com a agulha do adaptador e rapidamente se coloca o tubo a vácuo no dispositivo.

Assim, rapidamente o tubo se enche com o sangue, que depois é encaminhado para o laboratório de análises clínicas.

Punção digital

A punção digital é uma forma inovadora de fazer testes para diversas condições de saúde, como diabetes e coagulação.

Através dela, se extrai, com uma lanceta, uma pequena amostra de sangue, retirada geralmente da ponta dos dedos.

Uma vez extraída a amostra, ela é colocada em uma tira com um reagente específico para que o aparelho medidor revele o resultado do teste.

Com isso, é possível identificar rapidamente o estado de saúde no momento do teste.

Dessa forma, podemos fazer diversas tomadas de amostras ao longo do dia, fazendo com que seu médico tenha uma visão mais ampla do seu quadro de saúde.

Essa mesma técnica pode ser utilizada para exames de repetição, que sensibilizam o paciente durante um tratamento.

Com esta técnica, é possível conseguir algumas poucas gotas de sangue, capazes de fornecer uma pequena amostra para a análise sanguínea.

Quais são os materiais para coleta de sangue?

Existem alguns materiais essenciais para qualquer tipo de intervenção que possamos fazer em um paciente. São eles:

  • Luvas;
  • Máscara cirúrgica;
  • Óculos de proteção;
  • Agulha e seringa descartáveis;
  • Adaptador e seringa descartáveis;
  • Tubo a vácuo;
  • Algodão e álcool 70%;
  • Interruptor adesivo com algodão
  • Garrote.

Munido desses itens é possível fazer uma punção de qualidade, oferecendo segurança para você e para seu paciente.

Já para que você possa fazer a punção para exame capilar, em sua própria casa, é necessário que você tenha à mão:

  • Algodão e álcool 70%;
  • Fita reagente;
  • Aparelho medidor;
  • Lancetador.

Com esses instrumentos, basta limpar o dedo que fornecerá a amostra de sangue utilizando álcool e algodão e depois, utilizando o lancetador, perfurá-lo.

Aí então basta depositar a pequena amostra de sangue na tira reagente, que já deve estar inserida no aparelho, a fim de identificar a dosagem do seu sangue, seja de glicemia, seja sobre o seu nível de coagulação.

Quais são os tipos de tubo para coleta de sangue?

Existem diversos tipos de tubos para a coleta de sangue, como de vidro, plástico e a vácuo, e é importante que o técnico responsável pelo exame conheça as especificidades de cada um.

Embora existam vários tipos de tubos, atualmente o mais utilizado pelos laboratórios de análises clínicas é o de extração a vácuo.

Esse tipo de tubo permite que a coleta de sangue seja mais segura, sobretudo porque reduz consideravelmente a exposição do sangue a agentes contaminantes.

Assim, com uma única punção, é possível realizar diversos tipos de exames de sangue, tendo um panorama muito mais completo da condição de saúde do paciente.

Qual a ordem dos tubos de coleta de sangue?

É importante que o técnico conheça e respeite a ordem dos tubos a vácuo para a análise de sangue.

Isso evita que haja uma contaminação cruzada do sangue do paciente, que pode, através do aditivo, inutilizar uma amostra de sangue.

Assim, a ordem de cor dos tubos a ser seguida é a seguinte:

  • Azul: contém citrato de sódio, que permite a análise da coagulação de um paciente.
  • Vermelho: contém sílica, que, quando entra em contato com o sangue, o coagula. Com ele é possível identificar anticorpos e fenótipos específicos.
  • Amarelo: contém também um ativador de coágulos, junto de um gel separador. Neste tubo pode se coletar amostra de sangue para testagem de sorologias, imunologia e ainda marcadores tumorais e cardíacos.
  • Lilás ou rosa: contém EDTA, que é também um tipo de anticoagulante. Nele é possível coletar sangue para análise hematológica.
  • Verde: contém heparina de lítio, o que viabiliza o estudo de plasma sanguíneo, permitindo o estudo de enzimas antiplaquetárias.
  • Cinza: contém fluoreto de sódio e EDTA, que permite o estudo de glicose e ainda outros fatores relacionados com o açúcar presente no sangue.

Diferença entre os tipos de coleta de sangue venoso

Os tipos de coleta de sangue variam, necessariamente, pelo meio que o sangue é obtido pelo técnico. Podem ser feitas três tipos de punção e cada uma atende a uma necessidade específica do paciente.

Conforme vimos, o sangue pode ser coletado via seringa e agulha, adaptador com agulha ou lancetador.

A coleta via seringa e agulha é mais utilizada quando a punção de artéria é feita, ideal para que seja medida, por exemplo, a oxigenação do sangue do paciente.

Já a coleta com adaptador à vácuo fornece amostras mais seguras para que diferentes tipos de análises clínicas possam ser realizadas.

Por fim, a coleta digital pode ser utilizada para diversas finalidades. A mais comum, sem dúvida, é a que viabiliza a medição domiciliar do açúcar no sangue de pessoas com diabetes, necessária para o bom controle e dosagem da insulina.

Vantagens da coleta de sangue a vácuo

A coleta de sangue a vácuo permite, com uma única punção, fazer diversos exames. Isso leva mais conforto para o paciente, mais segurança e, sobretudo, índice muito baixo de contaminação de amostras.

Quando o técnico segue cuidadosamente a sequência dos tubos para a coleta, as amostras são viabilizadas, fazendo com que o resultado da análise seja muito confiável.

Assim, as vantagens da coleta de sangue via adaptador à vácuo são muito superiores em relação à coleta feita por meio de seringa e agulha.

Atualmente, grande parte dos laboratórios já utilizam esse tipo de coleta de sangue, melhorando muito a qualidade e confiança dos seus resultados.

Passo a passo da coleta de sangue

Conheça agora quais são os passos para realizar uma coleta de sangue segura para você e para seu paciente, confortável e, sobretudo, eficiente.

Como cada um dos tipos de coleta de sangue têm uma especificidade, conheça cada uma delas:

Coleta de sangue com seringa e agulha

Quando vamos fazer a coleta de sangue utilizando uma seringa e agulha, é importante que sigamos atentamente esse passo a passo:

  1. Coloque a agulha na ponta da seringa, sem retirar dela a sua capa protetora. Tome cuidado para não tocar na parte inferior da agulha e a manuseie apenas pela capa;
  2. Pressione o êmbolo da seringa, retirando dela todo o ar;
  3. Coloque o garrote no braço do seu paciente e peça para que ele feche a mão;
  4. Escolha a veia que será puncionada delicadamente;
  5. Faça a assepsia da pele, utilizando álcool 70% e algodão e não toque mais no local que foi limpo;
  6. Retire a capa da agulha, peça que o paciente abra a mão e faça rapidamente e cuidadosamente a punção da veia;
  7. Solte o garrote tão logo o sangue flua pela seringa;
  8. Retire 10 ml de sangue entre adultos e entre crianças, no máximo 5 ml;
  9. Retire, então, a agulha da seringa e coloque-a em uma embalagem apropriada para perfurantes;
  10. Pressione delicadamente o local da punção e depois peça que o paciente repita o movimento com a mesma pressão;
  11. Coloque, então, o sangue da seringa no tubo apropriado para a sua amostra;
  12. Descarte também a seringa em local apropriado.

Coleta de sangue a vácuo

Siga atentamente o passo a passo para a coleta eficiente através do sistema a vácuo:

  1. Coloque a agulha no adaptador para retirada de sangue cuidadosamente, sem tocar na base da agulha, manuseando-a apenas pela capa;
  2. Ajuste o garrote no braço do paciente de forma cuidadosa;
  3. Peça que o paciente feche a mão e escolha a veia que será puncionada;
  4. Limpe o braço do seu paciente utilizando algodão e álcool 70% e não toque mais o local da punção;
  5. Então, retire do adaptador a capa da agulha e faça a punção, no local escolhido;
  6. Imediatamente, coloque o tubo de coleta no canhão;
  7. Retire, então, o garrote tão logo o sangue flua pelo tubo;
  8. Tire a agulha e faça seu descarte de forma apropriada, bem como do próprio canhão;
  9. Pressione cuidadosamente o local da punção e oriente o paciente para que mantenha pressionado, sem dobrar o braço.

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Qual a melhor veia para coleta de sangue?

A melhor veia para a coleta de sangue é a chamada fossa antecubital.

Essa é a veia que se destaca exatamente da dobrinha do braço, na parte oposta ao osso do cotovelo.

No entanto, não é raro que essa veia não seja muito aparente e que seja necessário puncionar outra veia.

Para escolher a que melhor pode ser puncionada, peça que o seu paciente abra e feche a mão diversas vezes, até que outra veia fique aparente.

Boas práticas para coleta de sangue

Confira, abaixo, um guia rápido para que a coleta de sangue seja confortável e segura para o seu paciente.

Preparação do paciente

Recepcione e acomode seu paciente em uma boa cadeira para coleta de sangue enquanto você verifica quais são os exames que serão coletados.

Peça sempre que o paciente se identifique e, feita a correta identificação dele, adesive todos os tubos que serão utilizados por ele.

É necessário e recomendado que seu paciente verifique, também, se todos os tubos estão identificados corretamente.

Organização do material

Uma vez que a identificação estiver feita, separe e organize todos os materiais que serão utilizados para a coleta do sangue do paciente.

É importante que todos os materiais estejam preparados para ser utilizados prontamente.

Realização da coleta de sangue

Na hora da coleta de sangue, vista as luvas na frente do seu paciente. Deixe sempre muito claro que todos os materiais são descartáveis também.

Siga atentamente todos os passos necessários para uma boa coleta, conforme o tipo dela, se por seringa ou adaptador.

Armazenamento e transporte da amostra de sangue

Tão logo você colete o sangue do paciente e o transfira para o tubo, de forma delicada misture a amostra com o reagente do interior do tubo.

Após a coleta, é importante conduzir a amostra diretamente para o local de conservação da amostra até que seja coletada pelo laboratório.

Descarte de materiais utilizados na coleta de sangue

É importante que logo após a coleta do sangue todos os materiais utilizados pelo técnico sejam descartados corretamente, preferencialmente na frente do paciente.

As caixas para materiais perfurantes devem ser sempre utilizadas para o descarte correto das agulhas e seringas.

Conclusão

Fazer a coleta de um exame de sangue requer muitos cuidados tanto com o paciente quanto com o próprio técnico que fará a punção.

É importante que o técnico receba sempre todos os materiais descartáveis e que garantem a biossegurança do paciente, a fim de cuidar de sua integridade física.

O mesmo cuidado também é necessário de se ter em relação à amostra, que deve ser disposta em seus tubos corretos, em sua ordem correta.

Com todos esses cuidados e com atenção, é possível fazer uma retirada de sangue confortável, segura e, sobretudo eficiente, o que é essencial para que tenhamos um bom diagnóstico de nossa saúde geral.

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