Em setores de observação intensiva de um hospital, como emergência, UTI, centro cirúrgico, pronto socorro e outras áreas onde o paciente se encontra em constante observação, o uso de carrinho para emergência hospitalar é uma forma de organizar em um móvel os equipamentos necessários para as emergências que podem ocorrer.
A quantidade de medicamento e de equipamento a serem inseridos no carrinho de parada acabam dependendo da necessidade do local. Entretanto o treinamento de médicos, enfermeiros e auxiliares precisa ser orquestrado e os equipamentos necessários, precisam estar disponíveis de modo imediato.
Acompanhe nosso artigo e saiba tudo sobre o carrinho de emergência ou carro de parada!
O que é um Carro de Emergência?
O carrinho de emergência (CE) ou carrinho de parada é uma estrutura móvel, um armário hospitalar composto por gavetas providas com materiais, medicamentos, fármacos e equipamentos necessários, indispensáveis para o atendimento do paciente em situações de urgências, médicas, socorros imediatos, principalmente em casos de reanimação cardiorrespiratória.
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O CE recebe o nome móvel por ter o papel de armazenar medicamentos, equipamentos e soros necessários na emergência.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a nomenclatura mais adequada é Carrinho de Emergência e frequentemente na rotina hospitalar, ele também é conhecido como carro de parada.
O Carro de Parada é um item importante em unidade de atendimento hospitalar ambulatorial e clínicas, para que na emergência se tenha um bom uso e êxito nos procedimentos.
A equipe precisa saber lidar com a manipulação deste móvel, necessitando de um treinamento adequado. Um bom atendimento é essencial para qualquer Centro Médico.
O (CE) é considerado uma ferramenta útil e segura para a qualidade de assistência em parada cardiorrespiratória.
O Carrinho de emergência tem como principal objetivo a facilitação do acesso à equipe médica e de enfermagem às drogas, equipamentos e materiais de emergência de forma mais rápida e dinâmica.
Parada cardiorrespiratória (PCR) e carrinho de emergência
A parada cardiorrespiratória (PCR) é um dos agravamentos de caráter emergencial que um paciente hospitalizado na UTI pode apresentar.
A PCR é um momento crucial para o paciente e também para a equipe, para a execução eficaz da reanimação dependem da suficiência de material, equipamentos, qualidades dos medicamentos, favorecendo o sucesso do procedimento.
O desfibrilador, com um monitor e uma tábua de compressão torácica são itens fundamentais do carrinho. Estes itens ficam junto ao CE. O carrinho de emergência vem a ser uma ferramenta segura para qualidade de assistência em parada cardiorrespiratória.
A parada cardiorrespiratória (PCR) é conceituada como a cessação das atividades respiratórias e circulatórias efetiva.
A reanimação cardiorrespiratória é um conjunto de intervenções que tem por objetivo restabelecer a circulação efetiva e a oxigenação tissular.
A PCR exige atuação imediata uma vez que a chance de sobrevivência após o evento varia de 2% a 49% dependendo do ritmo cardíaco inicial e do início precoce da reanimação.
A PCR é a situação máxima de atenção e exige experiência e habilidade da equipe interdisciplinar. O CE é uma ferramenta fundamental e este deve possuir divisórias que permitam esta organização tanto de medicações quanto de materiais.
Setores que devem obter estes carrinhos:
- Unidade de Internação;
- Pronto Socorro;
- Unidade de Terapia Intensiva;
- Unidade Coronariana;
- Centro Cirúrgico;
- Unidade Ambulatorial;
- Hemodinâmica.
Qual o público alvo do carrinho de emergência?
Clientes hospitalizados ou ambulatoriais que precisam de atendimento emergencial, como parada cardiorrespiratória, comprometimento das vias aéreas/ventilação, inst. Hemodinâmica progressiva, choque, hemorragia intensa, erupções cutâneas com comprometimento das vias aéreas, perda súbita do nível de consciência, convulsões, entre outros.
Objetivos do carro de emergência
- Padronização os medicamentos, materiais e equipamentos constituintes do carro de emergência;
- Padronização de rotinas de organização, checagem, testagem e limpeza do carro de emergência e de seus componentes acessórios (desfibrilador, laringoscópios e outros)
- Definir responsabilidades;
- Assistência, eficiente e de qualidade dos clientes.
Padronização dos CE
O Carrinho de Emergência é um móvel mais que necessário e é usado principalmente, nos casos de paradas cardíacas e outras situações que requerem socorros imediatos.
Diante da sua necessidade, é proposta a padronização dos carros de emergência, com o objetivo da homoneização de conteúdo e quantidade de material dos carrinhos nas diferentes unidades. Com o intuito de agilizar o atendimento de emergência e reduzir o desperdício.
Todos profissionais devem saber utilizar o carrinho de emergência de maneira sistemática e orgânica.
Por uma necessidade imediata que pode se ter do carrinho para laboratório em aço inox a SBC propõe padronização para todos os carrinhos de emergência, a fim de igualar os equipamentos neles e o lugar de cada um.
O objetivo de homogeneizar o conteúdo e a quantidade de material dos carros de emergência nas diferentes unidades tem como finalidade a agilidade do atendimento de emergência e sua padronização é proposta pela SBC com base na American Heart Associaton (AHAA).
Critérios para padronização do carrinho de emergência
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) a padronização dos CE segue:
- Idade da vítima: adulto e/ou infantil;
- Local do evento: Unidade de internação, pronto socorro, UTI, CC, unidade ambulatorial, hemodinâmica.
A organização desses carros deve está baseada de acordo com o único protocolo internacionalmente aceito para esta finalidade. Segundo este protocolo, o carro de emergência deve ser dividido em quatro prioridades:
- Avaliação diagnóstica;
- Controle das vias aéreas para acesso vascular;
- Controle circulatório de medicamentos para emergências.
Em cada nível de protocolo são definidos:
- No nível 1 – Itens essenciais, que devem estar disponíveis imediatamente;
- Nível 2 – Altamente recomendado, que devem estar disponíveis no máximo em 15 min.
- Nível 3 – Itens recomendados, mas opcionais.
Na prioridade dos itens para avaliação diagnóstica encontramos os itens que são considerados do nível 1, que são: monitor/desfibrilador com marcapasso externo, com monitorização nas pás, com no mínimo três derivações e onda bifásica, material de proteção (luvas, máscaras e óculos), oxímetro de pulso, eletrodos e gel condutor.
Os itens de nível 2 são: dextro e os níveis 3 são: o gerador de marcapasso.
Cada carrinho é projetado com o intuito de favorecer a organização de medicamentos e instrumentais.
O CR deve conter pés em forma de rodinhas para colaborar no deslocamento, possuir gavetas suficientes para estocar todo o material de forma ordenada, organizada, dispor de etiquetas identificadoras com diferentes componentes e está localizado em um espaço fácil e acessível com áreas amplas e portas largas para facilitar sua condução para o local do atendimento.
Os equipamentos, suas quantidades e a quantidade de substâncias devem ser estipulados de acordo com a necessidade e demanda que cada Centro Médico precisa.
Sempre se deve tirar o desnecessário e colocar os materiais necessários no carrinho para transporte de amostras, evitando assim o desperdício e favorecer a rapidez e agilidade no atendimento.
Não podem faltar drogas e nem medicamentos e devem ser organizados de forma que fiquem disponíveis e fáceis para manuseio.
A quantidade de drogas e equipamentos deve ser estabelecida segundo a necessidade da área e rotina institucional. Todo material deve está a disposição naquele momento de forma imediata.
Ajudando os médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem a atender de forma sistematizada e adequada.
A equipe deve está atenta quanto à reposição destes itens e quem compra este móvel hospitalar deve se realizar uma pesquisa de preços, pois existem variados equipamentos e de diferentes tamanhos.
No CE os materiais devem ser arrumados de forma organizada de todo material a fim de reduzir o desperdício de tempo e material.
Quem é responsável pela conferência do CE?
Este carro é conferido pelos enfermeiros da Unidade conforme protocolo da Instituição e diariamente é testado o desfibrilador.
Quem geralmente checa o carrinho são os enfermeiros, geralmente diaristas. Após a conferência o Carrinho fica disponível para a equipe médica.
Existe controvérsia se o responsável pelo carrinho é o Farmacêutico, porém na maioria das Instituições são enfermeiros.
Cabe ao enfermeiro a verificação sistemática do Carro de Emergência observando a presença e a validade dos materiais e medicamentos listados e o funcionamento do cardioversor.
Segundo a Associação Americana do Coração ( AHAA) é obrigatório a conferência do lacre, das laminas de intubação oro traqueal.
Observa-se que existe uma grande dificuldade por parte dos enfermeiros em assumir o cuidado, responsabilidade de organização, conferência e reposição do carro de emergência.
A conferência deve contemplar estoque mínimo, prazos de validade de todo material, assim como o funcionamento do desfibrilador, laringoscópio, ressuscitador manual e outros.
Todo material quebrado, vencido ou em quantidade insuficiente deverá ser reposto.
O que encontramos em um Carrinho de Emergência?
O mobiliário adquirido deve cumpre com as todas as normas de segurança advertidas para fornecer confiança aos pacientes.
A Mobimed comercializa o Carrinho de Emergência com qualidade e responsabilidade.
Este móvel contem equipamentos uteis para situações de emergência como intubação, parada cardiorrespiratória, outras situações que precisam de ajuda imediata. O momento de emergência é de extrema importância, a equipe precisa está integrada, reduzindo o estresse.
A equipe deve saber localizar os materiais e familiarizada com os itens e sua localização para um bom atendimento. A realização de uma reciclagem dos treinamentos é muito importante. Com a tecnologia atualizada pode-se implantar dinâmicas mais práticas que facilitem o aprendizado e interação com os colaboradores.
Por fim, constata-se que se deve lembrar de que a presença de um carrinho de emergência, assim como a disponibilidade de ferramentas e medicamentos, é indispensável para o bom atendimento do centro médico. Além disso, deve-se se atentar sempre para a reposição dos itens.
Independentemente de onde for comprado o carrinho, deve-se pesquisar bem os preços, pois existem dos mais variados tipos e tamanhos no mercado.
Como são divididas as gavetas do Carrinho?
A disposição de medicamentos e equipamentos também é separada.
- Primeira gaveta: Nesta encontra-se os equipamentos mais utilizados. Todos os medicamentos devem ser organizados, de preferência em ordem alfabética e seus diluentes.
- Segunda gaveta: São encontrados materiais de punção e sondas nesta gaveta. A disposição encontra-se materiais necessários para um entubamento emergencial: material para punção venosa, venóclise, manipulação de mediação, entre outros.
- Terceira gaveta: encontra-se nestes materiais de intubação. Contém as agulhas e equipos necessários para um acesso venoso, material para sondagem e para aspiração de secreções. Alguns hospitais optam por ter kits para facilitar o atendimento sem alguma intercorrencia. Ex: Kit noradrelalina, kit nipride, kit amiodarona, kit Tridil.
- Última gaveta: encontram-se soros fisiológicos, glicosados e todos os tipos de soro necessários para emergência.
A primeira gaveta deve conter alguns itens: ABD (ampolas com 5ml e 10ml) e Cloreto de sódio (ampola de 10ml a 20%).
- Aminofilina (24mg/ml)
- Bicarbonato de sódio (ampola de 10 ml a 8,4 )
- Diazepam;
- Dopamina;
- Epinefrina;
- Sulfato de magnésio;
- Heparina;
- E entre outros.
A segunda gaveta deve constar os seguintes itens:
- Agulhas (de 25 x 7 e 40 x 12);
- Jelco (nº18, 20 e 22);
- Equipo microgotas e macrogotas;
- Cateteres;
- Sondas uretrais de variados tipos;
- Sonda nasogástrica;
- Lâmina de bisturi;
- Nylon com agulha;
- Seringas;
- Xilocaína.
A terceira gaveta deve possuir os seguintes medicamentos e itens:
- Bicarbonato de sódio 5%;
- Eletrodos;
- Luvas cirúrgicas;
- Soro glicosado;
- Tubos.
Na quarta e última gaveta :
- Ambu;
- Cânula de Guedel;
- Tubo;
- Lâmina para laringo de variados tipos;
- Laringoscópio;
- Látex;
- Máscara e óculos para proteção.
Cuidados com o Carrinho de Emergência
- Mantê-lo sempre organizado de maneira ordenada, reposto e a equipe deve está familiarizada;
- Excesso de material que dificulte a localização deve ser retirado;
- Ao lado do carrinho deve está a tábua de reanimação;
- Critérios de identificação podem ser: ordem alfabética (mais indicado), numérica crescente ou padronização por cores de diferentes contrastes;
- Gavetas com chaves soam contraindicadas, com exceção a guarda dos psicotróficos;
- O local onde fica o carrinho deve ser de fácil acesso, sem obstáculos no caminho para sua locomoção.
- Deve ser revisado por enfermeiros diariamente e após cada utilização.
- Toda equipe de enfermagem e médica deve ter reconhecimento de cada material armazenado;
- Medicamentos e materiais com prazo de validade a vencer até 3 meses deverão ser substituídos.
Conclusão
É muito importante trabalhar as drogas usadas no carro de parada visando evitar o erro de medicação e o risco de interação medicamentosa para o paciente, uma vez que em determinadas situações de emergência o profissional da unidade não possui muito tempo nas realizações das ações.
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